Foram utilizadas variáveis sociodemográficas e variáveis específicas (tipo de exposição ao vírus rábico, localização, tipo e extensão do ferimento, espécie do animal agressor, profilaxia indicada). Para a análise dos dados descritivos foram empregadas frequências simples e relativas e usados os softwares TabWin 4.1.3 e Microsoft Excel. Resultados: Ocorreram 34.515 notificações de atendimento antirrábico humano, uma média de 2.655 ao ano. O município de Boa Vista concentrou 83,5% dessas notificações. As variáveis sociodemográficas mais frequentes foram: faixa etária de 5 a 9 anos (14,5%), sexo masculino (58,8%), raça/cor parda (71,4%), escolaridade com ensino básico incompleto (12,0%) e residência na zona urbana (92,1%). A exposição por mordedura correspondeu a 93,0%, ferimento profundo a 46,8% e ferimento único a 54,1% dos atendimentos. Os locais mais acometidos foram os membros inferiores (42,2%) e os mãos/pés (32,4%). A espécie animal agressora mais frequente foi a canina com 86,8% dos atendimentos. A indicação da vacina ocorreu em 41,6%, observação + vacina (40,7%) e soro + vacina (2,3%) dos atendimentos. Conclusão: Ficou evidenciado uma alta ocorrência de acidentes com animais domésticos potencialmente transmissores de raiva no estado de Roraima, diante desse fato, torna-se necessário ter alta cobertura vacinal antirrábica desses animais com o propósito de prevenir a raiva animal e consequentemente a raiva humana.