A artrite reumatoide é uma doença de caráter crônico e progressivo que atinge cerca de 1% da população brasileira. Objetivou-se descrever a análise sociodemográfica e clínica dos pacientes com artrite reumatoide atendidos no serviço de Reumatologia do Hospital Geral de Goiânia durante o período de 2016 a 2021. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e de abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 209 pacientes, cujos dados foram coletados por meio de pesquisa em prontuário eletrônico com base em ficha de coleta elaborada pelos pesquisadores. Observou-se que a maioria dos pacientes era do sexo feminino (85,2%), com idade de 60 anos ou mais (54,5%) e solteiro (66%). Acerca dos dados clínicos, 89,5% dos pacientes possuíam alguma comorbidade, sendo a hipertensão arterial sistêmica a mais prevalente, 89% usavam outro medicamento contínuo para o tratamento das comorbidades e o mais usado foi a vitamina D. Além disso, 80,4% usavam medicamentos modificadores do curso da doença sintéticos e o mais usado foi o metotrexato (50,7%). Entre os que usavam medicamentos biológicos ou sintéticos alvo específico, o mais utilizado foi o adalimumabe (6,7%). 60,8% dos pacientes faziam uso de corticoide (prednisona). O esquema terapêutico mais usado foi o de metotrexato associado a corticoide (23,9%). Conclui-se, portanto, que em uma análise mais detalhada do perfil e tratamento medicamentoso instituído nos pacientes, a maioria dos dados encontrados foram similares aos encontrados na literatura científica e a maior parte dos esquemas utilizados concorda com o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (2021) do Ministério da Saúde para artrite reumatoide.