Resumo: Este artigo investiga a hipótese de desindustrialização nos estados da região Sudeste brasileira a partir da análise de indicadores de produção, emprego e exportações de bens manufaturados, conforme os principais conceitos do problema apontados pela literatura econômica. Além disso, avalia as possíveis causas do processo por meio da estimação de modelos Auto Regressivos de Defasagens Distribuídas (ARDL) que relacionam os efeitos da taxa de câmbio real, dos preços das commodities, do grau de abertura comercial e da taxa de juros básica da economia sobre os indicadores industriais analisados. Os dados assinalam perda de participação da indústria de transformação na produção, no emprego e nas exportações nos estados do Sudeste, sobretudo em São Paulo, indicando desindustrialização. Contudo, as evidências econométricas sugerem que a apreciação cambial e os altos preços das commodities não se mostraram relevantes para explicar tais resultados. A abertura comercial foi prejudicial especialmente ao emprego, e a taxa de juros exerceu efeitos negativos sobre os indicadores industriais em todos os estados da região.