A hipertensão arterial é uma disfunção crônica considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública devido à sua característica silenciosa e letal quando não tratada adequadamente. No Brasil, sua alta prevalência é justificada pela falta de adesão aos tratamentos existentes. Sendo assim, este estudo foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica com o objetivo de traçar os perfis farmacoterapêuticos mais utilizados pela população, entender os principais problemas que geraram a não adesão à terapia e demonstrar a influência do farmacêutico na melhora do tratamento. Foi observado que, inicialmente, pacientes fazem uso de monoterapia com bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) ou inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), porém a maioria posteriormente necessita de uma associação medicamentosa para atingir as metas terapêuticas. A necessidade de uma terapia com mais de um fármaco é um dos principais motivos paro o abandono do tratamento e à baixa adesão, além disso observou-se a presença de problemas relacionados ao medicamento (PRM) e falta de conhecimento sobre a terapia recomendada e seu estado de saúde atual. Em relação à ação do farmacêutico, foi visto que sua presença no processo assistencial do tratamento gerou melhora significativa no controle dos níveis pressóricos, a partir da identificação e resolução de adversidades que levavam à não adesão à terapia anti-hipertensiva.