O pescado é um termo que reúne todos os animais que vivem normalmente em água doce ou salgada e que são utilizados para a alimentação humana, a exemplo dos peixes, crustáceos (camarões) e moluscos (ostras e mexilhões), entre outros. Estes, possuem como canal de comercialização de varejo supermercados, peixarias e feiras livres, sendo a última caracterizada por possuírem produtos de menor valor e deficiências no que tange aos aspectos higiênico-sanitários, acarretando na proliferação de microrganismos patogênicos e deterioração do pescado. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica acerca dos aspectos microbiológicos de pescado comercializado em feiras livres, descrevendo os principais microrganismos patogênicos, fatores que facilitam a contaminação e os riscos para a Saúde Pública. Diante da revisão realizada, foi observado que a qualidade microbiológica da água em que o pescado é cultivado interfere na integridade do produto final, bem como a deficiência higiênico-sanitária desses produtos comercializados em feiras livres e o consumo desses alimentos crus ou malcozidos, influenciando diretamente na saúde dos consumidores, por meio da ocorrência de infecções alimentares. Desta forma, destaca-se a importância de cuidados tanto durante o cultivo e processamento do pescado, como no preparo e consumo, como forma de evitar a disseminação de patógenos e a incidência de enfermidades, além do correto acondicionamento e higienização na manipulação dos pescados em feiras livres para manutenção da qualidade do produto até o consumidor final.