Estudo transversal e descritivo, realizado em um ambulatório de doenças infecciosas e parasitárias de um hospital universitário, localizado em uma cidade de médio porte do interior do estado de Minas Gerais, realizado no primeiro semestre de 2017, com objetivo de identificar o perfil e os níveis de adesão aos antirretrovirais das pessoas vivendo com HIV/Aids. Utilizou-se: Questionário de caracterização elaborado para a pesquisa; Escala de Depressão, Ansiedade e Stress - Versão Abreviada; Cuestionario para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antirretroviral - Versão em Português; e Questionário de dados nutricionais e complementares. Realizou-se análise estatística-descritiva com distribuição de frequência e porcentagem de variáveis categóricas e medidas de tendência central e de dispersão de variáveis contínuas. Foram entrevistadas 190 pessoas, das quais 51,6% eram homens, média de 44,9 anos (+12,0), com baixa renda (64,7%) e baixa escolaridade (57,8%). A maioria tinha 10 anos ou mais de infecção (54,2%) e apresentava carga viral indetectável (68,9%). Conforme o registro na farmácia e o questionário de avaliação de adesão ao tratamento, foram considerados aderentes 11,1% e 69,0% dos entrevistados, respectivamente. Foram encontradas taxas altas de não-adesão, reforçando a importância dos serviços monitorarem a adesão aos antirretrovirais para a detecção precoce da não-adesão.