Objetivo: avaliar a percepção e o perfil sociodemográfico dos usuários dos serviços de Fisioterapia nos atendimentos domiciliares disponibilizados pelo estágio supervisionado do Curso de Graduação em Fisioterapia de uma faculdade privada. Métodos: estudo transversal com abordagem qualiquantitativa descritiva, entre os anos de 2018 e 2019. A avaliação foi feita por meio de questionário. Resultados: o perfil dos 36 usuários mostra prevalência de indivíduos idosos, com baixa escolaridade e renda familiar. A frequência dos atendimentos de fisioterapia: 30 (83,3%) dos entrevistados disseram que o número de um atendimento semanal era insuficiente e 6 (16,7%) encontravam-se satisfeitos. Sobre os períodos de interrupção do tratamento fisioterapêutico durante as férias escolares e o impacto na saúde e evolução clínica do tratamento, 27 (75%) dos pacientes sentiram-se prejudicados. As opiniões pessoais colhidas expressaram que os usuários insatisfeitos acreditam que a baixa frequência e as interrupções dos atendimentos no período das férias escolares e a mudança semestral das equipes estão relacionadas com desmotivação e piora ou lenta melhora do seu estado de saúde. No que se refere à percepção em saúde dos usuários, antes e após intervenção: 44,4% relataram como excelente a qualidade do atendimento, 33,3% declararam ótimo; 19,4% classificaram como bom; e apenas 2,7% avaliaram como ruim. Conclusão: a estrutura atual do estágio supervisionado (frequência, interrupções nas férias escolares e mudança semestral de equipe) ainda não contempla de forma integral as necessidades da assistência, mas a qualidade dos atendimentos atende às expectativas dos usuários e proporciona melhora da saúde e da qualidade de vida.