Perfil sociodemográfico e epidemiológico de pacientes com AIDS residentes na região de saúde que compreende o município de Alagoinhas – BA, no período de 2007-2017

Abstract

<p><strong>Objetivo:</strong> Este estudo teve como objetivo traçar o perfil sociodemográfico e epidemiológico de pacientes com AIDS residentes microrregião de região de saúde que compreende o município de Alagoinhas – BA, no período de 2007-2017. <strong>Metodologia:</strong> Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, exploratório de fonte secundária de dados. As variáveis investigadas foram: gênero, faixa etária, grau de escolaridade, município de residência, cor, categoria de exposição e evolução do caso. <strong>Resultados:</strong> Durante o período 2007 - 2017, constatou-se 459 casos registrados no SINAN de AIDS em adultos na Região de Saúde do município. Assim verificou-se em adulto uma tendência de crescimento no número de casos na microrregião de Alagoinhas, acentuado no ano de 2014 (95 casos), e com considerável aumento constatado no ano de 2017 (90 casos), evidenciou-se que 227 pacientes pertenciam ao sexo masculino e 232 pertenciam ao sexo feminino, havendo predomínio de casos, todavia, na faixa etária entre 20 a 34 anos. Houve a prevalência foi em adultos, faixa etária de 20-34 e 35-49, e dentre estes, o número de casos foi maior em indivíduos que têm relação heterossexual, seguido de indivíduos que têm relação homossexual, houve alto número de casos em indivíduos que possuem relações sexuais só com homens, totalizando 258, seguido de só com mulheres (135). <strong>Conclusão:</strong> O presente estudo permitiu compreender que os indivíduos adultos vivendo com HIV/AIDS, no período de 2007 a 2017, seguem a tendência nacional, contudo a melhoria do acesso aos serviços, qualidade da atenção, proporciona uma maior qualidade de vida aos pacientes.</p>

Perfil de vulnerabilidade diante das desigualdades sociais e seu impacto na saúde

“…Os sujeitos com maior idade também surgem no cenário das pessoas que convivem com o vírus e todos os casos são associados às condições sociodemográficas e econômicas desfavoráveis. Esse fato deve ser visto como um grande problema de saúde pública (CERQUEIRA et al, 2020).…”

Casos confirmados de tuberculose nos municípios da microrregião de Alagoinhas-BA, entre 2018-2022

“…A microrregião de Alagoinhas é composta por 9 municípios, totalizando aproximadamente 338.835 habitantes, segundo dados de 2010, onde a maioria está concentrada na cidade que leva o nome da microrregião (Velôso et al, 2018;Cerqueira et al, 2020). Faz parte da mesorregião do Nordeste Baiano, e engloba uma área total de cerca de 5.665.779 km², com uma densidade de cerca de 53.3 hab./km2, considerada média (Velôso et al, 2018;Cerqueira et al, 2020). Possui um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0.648, o que também é considerado de valor intermediário, de acordo com o…”

“…Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Velôso et al, 2018;Cerqueira et al, 2020;Catalá, & Carmo, 2021).…”

“…Somado a isso, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2003, a microrregião de Alagoinhas abrange um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 1.357.661.552, com um PIB per capita de R$ 4.492.60 (Velôso et al, 2018;Cerqueira et al, 2020;Catalá, & Carmo, 2021).…”

“…Tais dados apenas evidenciam que a maior presença das notificações por TB se dão onde as aglomerações populacionais são maiores ( de Souza, 2019). Portanto, apesar de possuir maior qualidade em certas infraestruturas para a oferta de atendimento básico à saúde, a exemplo do Hospital Municipal Dantas Bião, ou da própria Policlínica Regional, Alagoinhas apresenta a maior parcela populacional da microrregião, com 141.949 habitantes (41.9% do total de 338.835), de acordo com dados de 2010 ( de Souza, 2019;Cerqueira et al, 2020). Somado a isso, deve-se considerar que grande parte dessa parcela populacional ainda se encontra privada de condições básicas de oferta à saúde e saneamento de água e esgoto (Costa et al, 2020;de Souza, 2019;Duarte et al, 2018;Andrade et al, 2019).…”