Resumo Fundamento: A análise de indicadores como taxa de readmissão hospitalar é crucial para aprimorar a qualidade dos serviços e gestão em processos hospitalares. Objetivo: Identificar as variáveis correlacionadas a readmissão hospitalar até 30 dias após cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Métodos: Estudo de coorte transversal no banco de dados Registro Paulista de Cirurgia Cardiovascular II (REPLICCAR II)(N=3.392), de junho de 2017 a junho de 2019. Avaliaram-se retrospectivamente 150 pacientes para identificar os fatores correlacionados a readmissão hospitalar até 30 dias após-CRM via regressão logística univariada e multivariada. As análises foram realizadas no software R, com significância de 0,05 e intervalos de confiança de 95%. Resultados: Cento e cinquenta pacientes foram readmitidos até 30 dias após a alta hospitalar de CRM (150/3.392, 4,42%) principalmente por infecções (mediastinite, ferida operatória e sepse) totalizando 52 casos (52/150, 34,66%), outras causas foram: complicações cirúrgicas (14/150, 9,33%) e pneumonia (13/150, 8,66%). Os preditores de readmissão identificados foram: O modelo de regressão multivariada apontou intercepto (OR: 1,098, p<0,00001), apneia do sono (OR: 1,117, p=0,0165), arritmia cardíaca (OR: 1,040, p=0,0712) e uso de balão intra-aórtico (OR: 1,068, p=0,0021) como preditores do desfecho, com uma AUC de 0,70. Conclusão: 4,42% dos pacientes foram readmitidos pós-CRM, principalmente por infecções. Fatores como apneia do sono (OR: 1,117, p=0,0165), arritmia cardíaca (OR: 1,040, p=0,0712) e uso de balão intra-aórtico (OR: 1,068, p=0,0021) foram preditores de readmissão, com uma discriminação de risco moderada (AUC: 0,70).