RESUMO INTRODUÇÃO:A hipomineralização incisivo-molar (MIH) é definida como uma patologia de origem sistêmica, de etiologia desconhecida, caracterizada pela diminuição da mineralização dos primeiros molares permanentes, frequentemente associada com alterações nos incisivos permanentes. Entidade facilitadora de lesão de cárie, levando a hipersensibilidade, medo e ansiedade, além de problemas comportamentais, principalmente quando há envolvimento estético. Sua prevalência mundial varia entre 2,5 a 40,2%. Há uma ampla variedade de fatores envolvidos no desenvolvimento da MIH. Estudos indicam como possíveis causas, comprometimento da saúde materna durante o último trimestre de gestação como infecção urinária e diabete; APGAR <7, baixo peso ao nascer (BP) e prematuridade; na primeira infância doenças respiratórias, exantemáticas e seus tratamentos, como utilização de amoxicilina e má nutrição. Período, esse, em que ocorre a mineralização do esmalte dentário no feto e no recém-nascido (RN). OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é determinar a prevalência da MIH e conhecer os possíveis fatores etiológicos envolvidos na sua formação. MÉTODO: A amostra foi constituída por 168 crianças entre 6 e 8 anos de idade, frequentando escola pública no Gama, DF e nascidas no Hospital Regional do Gama, DF. A coleta de dados foi realizada através exame clínico oral, um questionário aplicado as mães e análise do prontuário médico. Durante a observação registrou-se a presença de opacidades demarcadas em primeiros molares e incisivos permanentes devido a acometimento por MIH. Através de questionário entregue as mães procurou-se uma relação entre fatores de agravo a saúde da mãe no final da gestação e da criança até o primeiro ano de vida, com a formação de MIH. Realizado pesquisa bibliográfica na base PUBMED de artigos publicados nos últimos dez anos. RESULTADOS: A prevalência de MIH em 168 crianças da regional do Gama /DF foi de N=9 ou 5,36% (IC95%: 1,95% -14,1%). Não foi encontrado significância estatística entre mães que referiram problemas médicos no período pré-natal com MIH. A falta de acompanhamento médico durante a gestação mostrou porcentagem elevada, mas sem valor estatístico; dos indivíduos pesquisados que possuíam MIH (N=9), 22,22% informaram não ter feito pré-natal (p-valor 0,19; OR:3). Em relação a idade gestacional 11,11% das crianças com MIH eram prematuras (2)(3)(4)(5)(6)(7)(8)(9)14). Das crianças com MIH, 66,7% mamaram no seio materno mais do que 1 ano, (p-valor=0,05) (95% de confiança) mostrando uma relação estatisticamente significativa. Não foi encontrada relação entre MIH e doenças no primeiro ano de vida. Na amostra não foi detectado incisivos permanentes com MIH. CONCLUSÕES: As interferências na saúde materna no final da gestação e no primeiro ano de vida da criança podem estar associados com MIH. Os fatores envolvidos na formação da MIH, ainda são indefinidos, mas de acordo com uma corrente majoritária na literatura, são o nascimento prematuro e BP ao nascer os mais relacionados com essa entidade. No entanto, são n...