INTRODUÇÃOO processo de envelhecimento na região periorbital pode cau sar inúmeras mudanças, entre as quais poder-se-ia citar as alterações na qualidade ou quantidade de pele, a herniação das bolsas adiposas ou o alongamento da margem palpebral inferior. As queixas comuns incluiriam as bolsas adiposas, linhas de expressão ou olhar cansado. Os avanços recentes sobre a compreensão da topografia dos compartimentos adiposos da face, a perda de volume dos tecidos da face durante o envelhecimento e a descrição detalhada dos ligamentos faciais tem propiciado o melhoramento das técnicas de rejuvenescimento facial e periorbital (1)(2)(3)(4) . O tratamento cirúrgico da pálpebra inferior através da incisão transcutânea, tradicionalmente tem envolvido a escolha ou de um retalho cutâneo ou de um retalho músculo-cutâneo, havendo pouca diferença de resultados entre os dois procedimentos (5)(6)(7)(8)(9)(10) .Atualmente, existem duas vertentes quando se aborda o tema sobre blefaroplastia inferior, uma que advoga o uso de técnica cirúr-gica mais agressiva, maximizando o resultado enquanto que a outra, mais conservadora, teria como objetivo minimizar o risco de complicações. Loeb (11) foi um dos primeiros cirurgiões a preservar o tecido adiposo durante a blefaroplastia inferior, entretanto desde que de la Plaza e Arroyo (12) descreveram sobre o reparo das bolsas adiposas durante a blefaroplastia inferior, o interesse pela abordagem conservadora e a sua preservação tem gerado grande interesse.A avaliação dos resultados em cirurgia plástica é especialmente pertinente, pois a satisfação do paciente é o fator preponderante na determinação do sucesso. Normalmente, esta avaliação se baseia em comparações subjetivas de imagens fotográficas selecionadas, entretanto deveria ser considerada de baixa confiabilidade. A avaliação do aspecto psicológico do paciente e suas expectativas em relação Blefaroplastia inferior: poderia a cirurgia proporcionar satisfação aos pacientes? . A análise das fotografias mostrou que 96% dos pacientes apresentaram melhora significativa. A autoestima melhorou de um escore médio no pré-operatório de 5,1 (desvio padrão = 4,1) para um valor médio de 3,6 (desvio padrão = 3,5) após 6 meses da cirurgia (p=0,001). Conclusão: Os autores concluíram que ambos os procedimentos seriam seguros e eficazes, com baixo índice de complicação, apresentando melhora da autoestima, visível após seis meses da cirurgia.