<p><strong>Introdução: </strong>O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) representa uma doença crônica de elevada prevalência, sendo o estilo de vida responsável pela maioria dos novos casos. Além disso, a percepção que o paciente diabético possui acerca de sua doença atua como fator de proteção. <strong>Objetivo: </strong>verificar se o estilo de vida e a autopercepção em saúde interferem no controle glicêmico de pacientes com DM2. <strong>Metodologia: </strong>estudo observacional, transversal e analítico, desenvolvido com pacientes diabéticos de um Hospital Universitário. Os dados foram coletados por meio de um questionário e analisados utilizando o teste qui-quadro de Pearson ou o teste exato de Fisher, quando apropriado, para determinar associações. O nível de significância foi fixado em 5% (p<0,05). O controle glicêmico foi avaliado a partir dos valores da glicemia de jejum e hemoglobina glicada A1C (HbA1C). <strong>Resultados: </strong>A maioria dos pacientes era do gênero feminino, tinha 60 anos ou mais, possuía baixa renda e escolaridade. Além disso, eram tabagistas, etilistas e estavam com a doença descontrolada. Foram verificadas associações estatisticamente significantes entre o nível de controle glicêmico e gênero (p=0,003), tabagismo (p=0,004), sedentarismo (p<0,001), escovação dentária (p<0,001) e uso de fio dental (p<0,001). Por fim, a maior parte acreditava haver relação entre DM2 e amputação de membros (90,2%), hipertensão arterial sistêmica (72,5%) e catarata (62,7%). <strong>Conclusão: </strong>Destaca-se a importância do acompanhamento dos pacientes diabéticos e ressalta-se que a autopercepção amplia as possibilidades de acesso aos serviços de saúde. Ademais, os dados obtidos fornecem informações a serem utilizadas para a prevenção das complicações do DM2.</p>