“…Além disso, especialmente para populações pobres, mas não só para elas, a descontinuidade da imunossupressão crônica, proporcionada pelo TCTH bem sucedido, representa um benefício que não pode ser medido apenas monetariamente. Por esta razão, além do Brasil (14)(15)(16)(17)(18)(21)(22) e da China (16,(38)(39)(40) , incluindo Hong-Kong (41) , outros países emergentes, como a Rússia (42) , a Hungria (43) , a Coréia do Sul (44) , a República Tcheca (45) e a Grécia (46) têm se dedicado crescentemente ao TCTH em DAI. Uma outra questão de grande importância nesta área, e ainda bastante controversa, se refere ao mecanismo de ação do transplante das células-tronco hematopoéticas nas DAI e o papel das CTH (n. o 1, Tabela 2). No transplante autó-logo, existem três explicações possíveis para este mecanismo de ação (47) : 1) efeito isolado da imunossupressão em altas doses na eliminação de linfócitos auto-reativos; neste caso, as CTH deveriam apenas prover suporte hematopoético após a imunossupressão em altas doses, reduzindo o período de pancitopenia pós-transplante; 2) as CTH poderiam restaurar a auto-tolerância a tecidos próprios, perdida na emergência DAI; ou 3) as CTH poderiam promover reparação tecidual por meio de transdiferenciação das CTH ou outras CT em células do tecido lesado pela DAI. A primeira hipótese é suportada pelo benefício clínico observado em pacientes submetidos a imunossupressão em altas doses (200 mg/kg de ciclofosfamida endovenosa) sem resgate com CTH (48)(49)(50) .…”