“…Dessa forma, partindo de uma abordagem bourdiesiana (ou pós-bourdiesiana), decidi recorrer também ao conceito de fronteira social como ferramenta de compreensão das desigualdades sociais enquanto algo não estático, a partir da ideia de que grupos específicos se posicionam e operacionalizam suas decisões e trajetórias de acordo com suas possibilidades de sucesso (ALMEIDA et al, 2010). Em especial, trato em paralelo, neste estudo, da conceituação de fronteira social, já mencionada, e de fronteira simbólica, a qual, para Lamont e Molnár (2002), são estruturas objetivadas de diferenciação entre pessoas que se identificam como pertencentes a um grupo específico, que se identifica e se organiza em torno de uma unidade de autorreconhecimento e de pertencimento.…”