2010
DOI: 10.1590/s0101-73302010000200004
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Permanências e mutações na definição intergeracional do trabalho infantil

Abstract: RESUMO:O artigo discute a percepção de famílias dos grupos populares sobre o significado do trabalho infantil, apontando o enquadramento moral, cercado de ambiguidades, das decisões tomadas pela geração mais velha de adiar a entrada dos filhos em ocupações remuneradas. Embora suas decisões possam ser explicadas, pelo menos em parte, pela profundidade das transformações nas mentalidades que acompanharam a gênese da percepção da criança como um ser humano em formação e fundamentaram a transformação do trabalho i… Show more

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“…Dessa forma, partindo de uma abordagem bourdiesiana (ou pós-bourdiesiana), decidi recorrer também ao conceito de fronteira social como ferramenta de compreensão das desigualdades sociais enquanto algo não estático, a partir da ideia de que grupos específicos se posicionam e operacionalizam suas decisões e trajetórias de acordo com suas possibilidades de sucesso (ALMEIDA et al, 2010). Em especial, trato em paralelo, neste estudo, da conceituação de fronteira social, já mencionada, e de fronteira simbólica, a qual, para Lamont e Molnár (2002), são estruturas objetivadas de diferenciação entre pessoas que se identificam como pertencentes a um grupo específico, que se identifica e se organiza em torno de uma unidade de autorreconhecimento e de pertencimento.…”
Section: Entre O Social O Cultural E a Educação Superiorunclassified
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“…Dessa forma, partindo de uma abordagem bourdiesiana (ou pós-bourdiesiana), decidi recorrer também ao conceito de fronteira social como ferramenta de compreensão das desigualdades sociais enquanto algo não estático, a partir da ideia de que grupos específicos se posicionam e operacionalizam suas decisões e trajetórias de acordo com suas possibilidades de sucesso (ALMEIDA et al, 2010). Em especial, trato em paralelo, neste estudo, da conceituação de fronteira social, já mencionada, e de fronteira simbólica, a qual, para Lamont e Molnár (2002), são estruturas objetivadas de diferenciação entre pessoas que se identificam como pertencentes a um grupo específico, que se identifica e se organiza em torno de uma unidade de autorreconhecimento e de pertencimento.…”
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“…Em outras palavras, o bolsista tende a perceber-se como alguém não acomodado, que não aceita o que impõem a ele. Ele operacionaliza suas estratégias de acordo com o potencial de sucesso do grupo no campo da educação superior (ALMEIDA et al, 2010), ou seja, colocando enquanto condição de sucesso do grupo o maior investimento na educação e uma necessária maior dedicação que todos os demais estudantes.…”
Section: []unclassified