O herbicida indaziflam apresenta atividade residual no solo e pode se tornar problema para os cultivos agrícolas, pela possibilidade de carryover em culturas sucessoras. Assim, objetivou-se selecionar potenciais espécies bioindicadoras para presença de resíduos do indaziflam no solo. Foram realizados dois experimentos em casa de vegetação, utilizando vasos de polietileno de 0,00025 m3, ambos distribuídos no delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. No primeiro experimento foram utilizadas onze espécies com potencial uso como bioindicadoras: arroz, aveia, beterraba, capim-braquiária, feijão, girassol, milho, pepino, soja, tomate e trigo submetidas à aplicação de sete doses de indaziflam (0; 6,25; 12,5; 25; 50; 75 e 100 g i.a. ha-1). em pré-emergência das culturas. No segundo experimento, cinco sub-doses (0; 0,3906; 0,7812; 1,5625 e 3,125 g i.a. ha-1) do indaziflam foram aplicadas nas espécies que não emergiram na menor dose ou concentração do herbicida no primeiro experimento. Foram avaliadas a fitointoxicação e altura de plantas (ALT) aos 3, 7, 14 e 21 dias após a emergência (DAE). Aos 21 DAE avaliou-se matéria seca de parte aérea (MSPA), de raiz (MSR) e total (MST). O aumento das doses de indaziflam provocou aumento dos sintomas de fitointoxicação e reduções nas variáveis ALT, MSPA, MSR e MST. Entre as espécies avaliadas, em monocotiledôneas na ordem: capim-braquiária, arroz, milho, trigo, aveia e em eudicotiledôneas: tomate, pepino, girassol, feijão, soja apresentam potencial para uso como bioindicadora em estudos com indaziflam. A beterraba apresentou ser extremamente sensível ao herbicida não emergindo em nenhuma das doses estudadas.