Introduction: Sleep-disordered breathing is common in children and is associated with various complications. Adenotonsillar hypertrophy is the main risk factor, for which adenotonsillectomy is the first-line treatment. Several authors have shown a moderate rate of post--surgical persistence of symptoms. The aim of this study was to analyse the persistence of symptoms after surgery and to identify possible risk factors. Methods: This retrospective, longitudinal study included children followed at the paediatric sleep outpatient clinic who underwent adenotonsillectomy for sleep--disordered breathing. Medical records were reviewed and a telephone questionnaire was applied to parents about their children's symptoms after surgery. Descriptive and bivariate data analyses were performed of possible risk factors, using non-parametric tests (p<0.05).
Results:The study included 89 children, 59.2% male, median age at the time of surgery 4.8 years (minimum 15 months, maximum 17 years). Persistence of sleep--disordered breathing symptoms was reported in 31.5%, more frequently in children aged under 3.5 years (45.8% vs. 23.4%, p=0.04), with rhinitis (55.6% vs. 23.9%, p=0.009) and with asthma (57.1% vs. 25.3%, p=0.017). Time elapsed since surgery was longer in the group with persistent symptoms (3.9 vs. 1.5 years, p=0.001). Gender, prematurity, craniofacial anomalies and obesity did not differ significantly between the groups. Discussion: A significant number of patients reported residual symptoms after adenotonsillectomy. Younger age at surgery, longer times since surgery, rhinitis and asthma appear to be associated with higher rates of symptom persistence. These results suggest the need for long-term follow-up of patients after surgery, as well as systematic assessment of comorbidities. , p = 0,009) e com asma (57,1% vs 25,3%, p = 0,017). Tempo decorrido desde a cirurgia mais longo no grupo com persistência de sintomas (3,9 vs 1,5 anos, p = 0,001). A distribuição por sexo e a prevalência de obesidade, prematuridade e anomalias craniofaciais não diferiram significativamente entre os dois grupos. Discussão: Um número significativo de doentes reportou persistência de sintomas após adenoamigdalectomia. Cirurgia em idade precoce, maior tempo decorrido desde a cirurgia, rinite e asma parecem associar-se a maior taxa de persistência. Estes resultados sugerem a necessidade de avaliação sistemática de comorbilidades e follow-up pós-cirurgia a longo-prazo.
KeywordsPalavras-chave: perturbação respiratória do sono, roncopatia, apneia, crianças, persistência de sintomas, adenoamigdalectomia.
Acta Pediátrica Portuguesa Roncopatia em Crianças IntroduçãoA perturbação respiratória do sono (PRS) é frequente em idade pediátrica e resulta de características anató-micas e fisiológicas inerentes ao desenvolvimento da via aérea na criança, bem como da interação entre fatores genéticos e ambientais.
1-5A sua prevalência em crianças é estimada em 3%-12%, 3 com um pico de incidência entre os 2 e os 8 anos de idade. 1,2 O espetro clínico da ...