“…Os estudos mais relevantes foram feitos na área da violência interparental (Sani, 2006), da violência conjugal (Matos, 2006), maus tratos a crianças (Alberto, 2006;Calheiros, 2006;Martins, 2002) e a idosos (Ferreira-Alves & Sousa, 2005). Contudo, e apesar do subsistema fraterno ser dos mais duradouros (Bank & Kahn, 1997) e um dos mais importantes do sistema familiar (Fernandes, 2002(Fernandes, , 2005, os estudos em torno da violência entre irmãos são praticamente inexistentes, e isto apesar dos poucos estudos já realizados em Portugal (Relva, 2005;Relva, Fernandes, & Mota, 2013;Relva, Fernandes, Alarcão, & Martins, 2014), bem como noutros países, revelarem que é uma forma de violência com forte prevalência e um fenómeno que tem merecido pouca atenção (Goodwin & Roscoe, 1990;Hardy, Beers, Burgess, & Taylor, 2010;Kiselica & Morrill-Richards, 2007;Phillips, Phillips, Grupp, & Trigg, 2009). Recentemente, Khan e Rogers (2015), num estudo realizado junto de jovens e adultos com idades compreendidas entre os 17 e os 59 anos, verificaram que a violência ocorrida no contexto fraterno era percebida como menos séria quando comparada com outra violência ocorrida igualmente em contexto familiar, e à vítima era atribuída maior culpa pelo sucedido.…”