A presente pesquisa tem por objetivo refletir sobre o panorama das pesquisas brasileiras que se apoiam nas construções teóricas que relacionam os campos da etnomatemática e da decolonialidade e que propõem possibilidades de trabalho na Educação Básica. A metodologia da pesquisa é qualitativa e os dados são construídos a partir de um Estado do Conhecimento. Os resultados encontrados permitem perceber dois movimentos: (i) pesquisas que tangenciam a sala de aula da Educação Básica; e (ii) pesquisas com proposições na sala de aula da Educação Básica. No primeiro movimento estão as pesquisas que, de algum modo, aproximam-se da sala de aula e não se assentam somente em discussões teóricas sobre decolonialidade e etnomatemática. No segundo estão as pesquisas que propõem diretamente práticas que os autores consideram etnomatemáticas e decoloniais na sala de aula da Educação Básica. Concluímos que o panorama indica poucas pesquisas relacionando etnomatemática e decolonialidade e ainda menos que trazem proposições NA Educação Básica. Tais pesquisas são recentes e indicam que o campo ainda está em construção, porém, é latente um silêncio quanto à presença de práticas que contemplem os saberes e fazeres de grupos culturais da América Latina.