Em 2016, o conceito de sepse foi redefinido, entretanto ainda carece de melhor caracterização. No Brasil, esta complicação apresenta mortalidade de 28% e gastos de aproximadamente 9,1 mil dólares por paciente. Diante das dificuldades de definição e diagnóstico, este trabalho se propõe a sintetizar evidências científicas disponíveis. Trata-se de uma revisão integrativa realizada entre janeiro e junho de 2021, para responder “Quais são as evidências recentes acerca da sepse puerperal?”. A busca considerou os últimos 5 anos e resultou em 53 artigos, dos quais 14 foram selecionados devido aos critérios de exclusão. Destes, 28,6% são diretrizes, 64,3% estudos observacionais e 7,1%, experimentais. Em relação aos países de publicação, mais de 50% foram realizados nos EUA (35,75%) e Inglaterra (14,3%). Quanto ao idioma das publicações, 78,5% estavam redigidos na língua inglesa; 14,3%, na língua espanhola, e um 7,2% na língua portuguesa. A sepse puerperal mantém-se como uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. A fisiopatologia não é completamente compreendida e faltam evidências científicas, sobretudo no tocante ao diagnóstico e tratamento precoces. Em relação ao diagnóstico, as alterações fisiológicas da gravidez acabam por mascarar o quadro clínico e tornar a investigação desafiadora. Assim, anamnese e exame físico continuam imprescindíveis, auxiliados por exames complementares. O tratamento objetiva o reconhecimento precoce e a intervenção agressiva, por meio da antibioticoterapia, reposição de fluidos e suporte cardiovascular.