Introdução: Há uma forte influência social e cultural, que resulta na associação entre o ato de cuidar, bem como as demais práticas profissionais da enfermagem com a figura feminina, fator que se repete mesmo diante do contexto atual, que, comparado ao século anterior, é mais favorável a inserção de homens na enfermagem. Objetivo: Analisar dados retrospectivos em relação à quantidade de homens e mulheres, enquanto ingressantes e egressos pelo Curso de Enfermagem em uma universidade pública federal, durante os anos de 1981 a 2019. Método: Estudo de natureza histórico-social, documental, com análise quantitativa, fundamentado no levantamento e sistematização de documentos históricos armazenados em setores e unidades da Universidade de Brasília (UnB). Resultados: Foi registrado um total de 1461 estudantes ingressantes no bacharelado, dos quais aproximadamente 76,7% eram mulheres e 23,3% eram homens. Em relação à licenciatura, verificou-se o ingresso de 441 discentes, sendo que destes, 373 eram mulheres (84,6%) e 68 eram homens (15,4%). A amostra final referente aos estudantes concluintes foi de 705 egressos, de modo que 626 eram mulheres, o que equivale a 88,8% do total, e 79 homens, representando cerca de 11,2% de todo quantitativo de egressos. Conclusão: Assim como apontado em outros estudos semelhantes, a pesquisa demonstrou que a maioria dos ingressantes e egressos do curso de Enfermagem da Universidade de Basília são do sexo feminino, característica que se mantém relativamente estável mesmo com as mudanças temporais, ao longo dos trinta e oito anos de análise.