As infecções causadas por parasitos são consideradas uma das maiores causas de agravos por processos infecciosos no mundo, e, segundo estimativa, afetam cerca de 2 bilhões de pessoas em todo os continentes, tornando-se um dos principais problemas de saúde pública principalmente no Brasil. Esses parasitos eliminam seus ovos, larvas ou cistos junto com as fezes do hospedeiro e contaminam o ambiente, o solo e a água, além do contato das mãos sujas levadas à boca podendo ocasionar infecções parasitárias. Esses e outros fatores, somados às condições climáticas do Brasil e a falta de saneamento básico são importantes processos para disseminação desses parasitos no país. Vários estudos demonstraram que locais públicos podem atuar como reservatórios para parasitos intestinais, de acordo com eles foram selecionados os parasitos mais prevalentes: Entamoeba coli, Entamoeba histolytica, Giardia intestinalis, Endolimax nana, Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Strongyloides stercolaris, Toxocara spp e ancilostomídeos. O estudo identificou os três principais parasitos intestinais entre todos os 19 artigos analisados e encontrou 13 espécies de parasitos intestinais nos diferentes locais pesquisados pelos autores. O presente estudo demonstrou, através da análise de 19 artigos, que os locais públicos no Brasil podem atuar como reservatórios para parasitos intestinais, e as pessoas que frequentam esses locais constituem um grupo de risco estando sujeitas às infecções parasitárias.