Com a crescente resistência à terapias convencionais para o tratamento de infecções ocasionadas por agentes microbianos, o uso de bacteriófagos para esse fim vem cada vez se tornando mais atrativo. O uso dessa modalidade terapêutica traz como benefício a sua alta especificidade com as espécies alvo, além de poder ser utilizada na forma de coquetéis com diversos bacteriófagos que já vêm demonstrando uma alta eficiência contra biofilmes bacterianos. Dentre o ramo da medicina, ensaios clínicos de fase 1 e 2 evidenciaram potencial terapêutico de bacteriófagos no tratamento de patologias bacterianas; enquanto na odontologia estudos in vivo indicam que para o tratamento de cáries dentárias, doenças periodontais e peri-implantares o uso de bacteriófagos também vem trazendo resultados favoráveis, apesar de estudos clínicos ainda não terem sido autorizados. No entanto para que esses bacteriófagos possam ser cogitados para o uso clínico ainda são necessários mais estudos envolvendo a segurança e padronização dos protocolos de uso dessa terapia, como a avaliação da sua farmacocinética e farmacodinâmica, explorando assim a sua absorção e seus mecanismos de ação em o nosso organismo.