Migrânea vestibular corresponde a um dos mais frequentes diagnósticos em otoneurologia. É considerada a causa mais comum de distúrbios de equilíbrio. Seu diagnóstico é baseado em sintomas vestibulares recorrentes, história de migrânea e a associação dos sintomas migranosos com os sintomas vestibulares em um período que varia de 5 minutos a 72 horas. O tratamento medicamentoso da migrânea vestibular objetiva o controle dos sintomas do paciente na fase aguda, bem como na profilaxia das eventuais crises. O presente trabalho é uma revisão integrativa da literatura, cujo objetivo é identificar e descrever o tratamento medicamentoso da migrânea vestibular, a fim de controlar os sintomas do paciente na fase aguda e na profilaxia das eventuais crises. A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas SCIELO, PUBMED e LILACS, incluindo trabalhos publicados entre 2016 e 2021, em língua portuguesa e inglesa. A seleção dos estudos, extração de dados e validação foram realizadas de forma independente por dois autores, obtendo amostra de 14 artigos. Todos os dados da pesquisa foram analisados no Microsoft Excel e posteriormente os resultados foram transformados em tabelas para melhor interpretação das informações coletadas. Constatou-se, através da análise dos 14 artigos, que 7 (50%) estudos utilizaram tratamento com antidepressivos, betabloqueadores e anticonvulsivantes concomitantemente; 9 (64%) utilizaram propranolol com melhora dos sintomas; 2 (14%) utilizaram a toxina botulínica e em apenas 1 (7%) foi utilizado a injeção com gentamicina. Assim, foi possível estruturar de forma sistemática os medicamentos mais utilizados na profilaxia e na crise da migrânea vestibular, lançando base para escolha mais adequada do fármaco.