As práticas tecnocientíficas estabelecem saberes, atribuições, significados e bens de produção. A produção do conhecimento científico nas sociedades modernas envolve um trabalho intersetorial de universidades e institutos de pesquisa, iniciativa privada e governo. Objetiva-se, com este artigo, contextualizar o desenvolvimento das ciências rurais brasileiras. A estrutura seguida na pesquisa bibliográfica será organizada em três tópicos para desenvolver as discussões: conceituações das ciências agrárias, análise histórica e dados das Ciências Agrárias nas universidades brasileiras. A fonte da pesquisa das publicações para o estado da arte é o banco de teses e dissertações da CAPES, onde o termo de busca é “ciências agrárias”. O primeiro ponto abordado é a finalidade das Ciências Agrárias, que desde a antiguidade foi aperfeiçoada em seus saberes para o aumento de produção. A evolução é tamanha que se subdividiram em vários segmentos com as respectivas prioridades tecnológicas. A segunda abordagem envolvida mostra as Ciências Agrárias na base educacional no Brasil, instalando-se no século XIX. Com a proeminência demanda no Brasil, e a necessidade da expansão dos cultivos, inauguraram-se os Programas de Pós-Graduação voltados para agricultura. No terceiro destaque, os resultados práticos da produção científica na área ao longo do tempo, indicando que o tema segue sendo predominantemente desenvolvido dentro das subdivisões das Ciências Agrárias, tanto nas áreas de avaliação quanto nas áreas de conhecimento, com valores estimados em 88,21% e 86,90%, respectivamente, das publicações levantadas.