<p>O presente estudo teve o intuito de investigar os fatores associados à automedicação em uma farmácia comunitária em Ouro Preto do Oeste, Rondônia. Caracterizou-se os aspectos farmacológicos das principais classes de medicamentos identificadas e a relação com o automedicar-se. A pesquisa ocorreu por meio do levantamento de dados, de modo transversal e exploratório. A grande maioria declarou a prática da automedicação, havendo predominância entre os 18 e 28 anos, com renda de 1 a 2 salários mínimos. Observou-se uma associação significativa da prática entre os homens (p<0,001), sendo que, o risco relativo e a chance da automedicação foram bem maiores acima dos 49 anos. A classe terapêutica mais observada foi a dos analgésicos (90%) seguida pelos anti-inflamatórios (65%). Dentre os principais fatores associados à autoadministração se destacaram a facilidade do acesso aos medicamentos e a dificuldade de acesso à consulta médica. O principal risco declarado foi o de ocorrer alergias, mas a possibilidade de óbitos também foi percebida. Conclui-se sobre a necessidade de intervenções junto aos profissionais de saúde para que sejam prestadas informações que contribuam para a adesão à farmacoterapia, para o uso racional de medicamentos e para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.</p>