O objetivo desta pesquisa foi analisar a influência do isolamento social (IS) nos hábitos, nível de atividade física (NAF) e qualidade de vida (QV) da população universitária localizada no sudoeste do estado de Goiás durante a pandemia do coronavírus. Participaram 258 acadêmicos da Universidade Federal de Jataí (UFJ), Goiás, Brasil. Para a coleta de dados foi enviado via e-mail Google Forms ® questões sociodemográficas, hábitos de vida, presença de doenças e dados antropométricos. Para o NAF utilizou-se International Physical Activity Questionnaire -Short Form (IPAQ-SF), e a QV o Europe Health Interview Surveys Quality of Life-8, os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial, com p<0,05. Predominou a participação de mulheres (n=177; 68,6%). Observou-se prevalência de ansiedade no sexo feminino (p = 0,001). Na QV, a população feminina teve associação com percepção ruim/regular sobre satisfação na capacidade de desempenhar as atividades diárias (p=0,01), satisfação consigo próprio (p=0,04), energia suficiente para seu dia a dia (p=0,001). Observou-se associação entre ansiedade e baixo nível de AF, e menor classificação de QV quando comparado com indivíduos não ansiosos. Houve correlação negativa entre a QV e a idade (r=-0,14; p=0,02) e entre QV e massa corporal (r=-0,15; p = 0,01). Conclui-se que a população universitária submetida a IS demonstrou ansiedade e redução em indicadores de qualidade de vida impactando de forma negativa a saúde.