Ademais, aos académicos, cientistas, intelectuais e teóricos deve servir de arrimo, de bengala e bússola esta passagem, da autoria de António Risério, que brilha esplendorosa no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo: "Nossa matéria-prima é a palavra. A palavra, como som, como sentido, como prática, como senha, como signo cultural distintivo, como argamassa social, como história, como objeto, como entidade mutável e mutante." Falada ou escrita, se for certeira, culta, pertinente e elevada, a palavra continua a ser a espada mais afiada e cortante para abater a escuridão e abrir caminhos de luz. É essa espada que os académicos têm o dever indeclinável e irrecusável de erguer e brandir convicta e insistentemente contra o desconhecimento, contra a ignorância, contra a má-fé, contra a baixeza e a vulgaridade, contra o descaso e o destrato, contra tudo o que avilta, ofende e rebaixa, atrapalha, escurece e entorpece o desejável, aprumado, nobre, reto e decente curso da cidadania e da dignidade da vida humana.Enfim, a linguagem é verdadeiramente materna e o nosso lídimo berço parturiente. Dá--nos o inestimável e insubstituível leite de integração no mundo: os valores, princípios, sonhos e ideais, as atitudes, inclinações e predisposições; as fórmulas e os modos de perguntar e responder, de observar e entender, de aperceber e valorar, de ser e estar. Mediante a linguagem somos, estamos e cooperamos na construção do mundo.Escrever e publicar, pensar, agir e intervir são, muito justamente, modalidades que se inscrevem na acurada e sensata, equilibrada e bem proporcionada ementa de imperativos profissionais, éticos, morais e sociais dos docentes académicos. É esse precisamente o desporto árduo e imprescindível que lhes compete treinar e praticar. Como no palco desportivo, eles expõem-se aos julgamentos dos ouvintes e leitores, sabendo que a palavra, dita ou escrita, é como a pedra atirada: uma vez arremessada, já não pode ser corrigida ou recolhida, ficando entregue à sorte da avaliação crítica e inclusive desabonadora. Porém não têm alternativa; é este o fado livremente escolhido pelos que optam e lutam por ter lugar e assomar na varanda da carreira académica e intelectual. Substâncias tóxicas. Droga. Consumo.Género. Actividade física.
RESUMOA população universitária tende a ser vista como estando acima da média no que se refere aos consumos de substâncias tóxicas. Alguma literatura sugere que a prática de actividade física é um factor de prevenção no consumo de substâncias tóxicas. No entanto, outros estudos indicam que os jovens envolvidos em práticas desportivas apresentam maior tendência para consumirem álcool, tabaco e outras substâncias. Com o propósito de confirmar estes dados levamos a cabo o presente estudo tendo como amostra estudantes universitários que frequentaram regularmente a biblioteca da Universidade. Foi aplicado um questionário a 209 indivíduos, (115 do sexo feminino e 94 do sexo masculino). Através da aplicação de um teste de Mann-Whitney, constatou-se regularidades nos consumos de cerveja, bebidas d...