Avaliou-se o efeito de blends de proteases no desempenho produtivo, na atividade enzimática e histológica de juvenis de tilápia do Nilo. O experimento foi conduzido no Grupo de Estudos e Manejo na Aquicultura (GEMAq) da UNIOESTE campus Toledo, PR. Utilizou-se 400 exemplares, com 12,57 ± 0,22 g, distribuídos em 20 caixas (5 tratamentos/4 repetições), totalizando 20 animais por unidade experimental, durante 51 dias. As dietas foram formuladas com dois tratamentos controle sendo: controle positivo (CP) com níveis nutricionais recomendados para atender as exigências nutricionais e controle negativo (CN) com níveis nutricionais depreciados (valorização da protease); e dietas com inclusão de CN+100; CN+200 e CN+400 g/ton de protease. Ao final os dados foram submetidos ao teste de normalidade (teste de Levene), one-way (ANOVA) e Teste de Tukey. Não foram observadas diferenças significativas no desempenho produtivo dos animais, nos índices bromatológicos das dietas e dos peixes. Nas atividades enzimáticas foram observadas alterações na atividade da maltase sendo a maior atividade encontrada em dietas suplementadas com 100 g/ton de protease. Nos indices histológico observou-se que as dietas suplementadas com 200 e 400 g/ton de protease resultaram em maiores alturas e larguras dos vilos intestinais. Já em relação ao número de hepatócitos, os melhores resultados foram obtidos nos tratamentos controles. A suplementação de proteases ácidas e alcalinas não resultaram em melhorias de desempenho produtivo dos peixes. Em relação as análises histológicas sugerem-se aprofundar os estudos para melhor entender a influência metabólica das proteases suplementadas nas dietas para a tilápia do Nilo. Conclui-se que a suplementação de proteases ácidas e alcalinas em dietas para a tilápia do Nilo na fase juvenil independente da dieta apresentar níveis nutricionais recomendados ou depreciados não resulta em melhora nas respostas dos peixes em cultivo.
