A perceção de risco é um tema de interesse em várias disciplinas científicas devido ao seu papel vital na gestão, intervenção e prevenção de acidentes. Objetivos: Este estudo procurou examinar como fatores individuais, como autoeficácia na segurança, locus de controlo interno, resiliência mental, neuroticismo e procura por sensações, influenciam a perceção de risco (PR), além de investigar o papel mediador do clima de segurança física nessa relação. Método: Este estudo quantitativo, utilizou-se uma amostra de 216 trabalhadores portugueses, de ambos os sexos, com uma idade média de 34.30 anos (DP = 9.45). Resultados: Os resultados da análise de regressão múltipla mostraram que as variáveis preditoras examinadas explicaram aproximadamente 27.1% da variação na PR, com autoeficácia e locus de controlo interno sendo os únicos preditores estatisticamente significativos. Além disso, a análise de mediação revelou um efeito mediador parcial do clima de segurança física na relação entre autoeficácia e perceção de risco. Conclusões: É essencial o desenvolvimento de comportamentos seguros que se adequem às tarefas realizadas, sendo o investimento em prevenção a estratégia mais eficaz na redução de acidentes de trabalho.Palavras-chave: fatores individuais, percepção de risco, acidentes de trabalho, desempenho/ comportamento de segurança