O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do estresse causado por diferentes protocolos pré-abate na qualidade físico-química, sensorial e microbiológica da carne de tambaqui armazenada em gelo por 49 dias. Foram utilizados 144 tambaquis distribuídos em (DIC por seis tratamentos relacionados aos protocolos pré-abate (abate logo após a despesca, após 3h de transporte e após 6h, 12h, 24h ou 44h de recuperação após o transporte). Após a morte, os peixes foram armazenados em caixas térmicas com gelo e cada sete dias, três peixes de cada tratamento foram coletados das caixas de isopor para as análises. Tambaquis abatidos sob estresse logo após a despesca e após o transporte apresentaram filés com maiores taxas de crescimento bacteriano, piores resultados de pH, nitrogênio de bases voláteis totais-NBVT e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico-TBARS, e coloração escura nos primeiros 21 dias de armazenamento, sendo consideradas impróprias para consumo após 42 dias de armazenamento. Tambaquis submetidos a períodos de recuperação após o transporte apresentaram melhor qualidade de carne, os filés apresentaram maior luminosidade e coloração vermelha inferior após 21 dias armazenados, além de crescimento microbiológico reduzidos e melhores valores para pH, NBVT e TBARS. Os resultados comprovaram que o uso de períodos de recuperação após o transporte e antes do abate melhora a qualidade da carne de tambaqui, aumentando sua vida útil quando armazenada em gelo até 49 dias.