A cana-de-açúcar é uma cultura de grande importância econômica, tanto para o comércio interno como exportações, no entanto a produtividade no Nordeste está abaixo da média nacional. Entre os fatores que contribuem para redução na produtividade da cultura, o ataque de fitonematoides se destaca, devido elevados prejuízos à produção agrícola. Pratylenchus zeae, Meloidogyne incognita e M. javanica são as espécies mais freqüentes e importantes, pela agressividade e potencial de dano à cultura. Estes estresses bióticos estimulam diferentes respostas na planta, como a capacidade de produzir as espécies reativas de oxigênio (EROs). Como proteção contra estes efeitos tóxicos intermediários de oxigênio, as células das plantas utilizam um sistema de defesa antioxidante, onde enzimas protegem as células vegetais dos efeitos citotóxicos das EROs. No presente trabalho, foram realizados estudos, em duas áreas cultivadas em sistema de sequeiro, e teve como objetivo avaliar o efeito do manejo imposto à cana-de-açúcar (sequeiro) por ocasião do plantio e da soca sobre a dinâmica das populações de nematoides presentes e respostas enzimáticas da planta, para isso foi determinado as respostas enzimáticas (ascorbato peroxidase e superóxido dismutase) na planta em função do manejo da cana-de-açúcar; o efeito do manejo ao longo do tempo sobre o comportamento das comunidades de nematoides e suas relações com a atividade das enzimas antioxidativas na planta; além de correlacionar as variações nas comunidades de nematoides com a atividade das enzimas antioxidativas da cultura. As amostras foram coletadas, aos seis e nove meses após o plantio. Houve correlação linear significativa entre a enzima superóxido dismutase e Pratylenchus spp., indicando que a enzima foi diretamente proporcional ao número de ovos, que pode ter ocorrido, em consequência da resposta da planta com a presença dos ovos, na tentativa de reduzir os danos no seu metabolismo.