A semente é essencial para o estabelecimento de lavouras, entretanto, a deterioração da semente de feijão durante o armazenamento, promove a redução da qualidade fisiológica, chegando a inviabilizar a semente como estrutura reprodutiva. O objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica de cultivares de feijão, submetidas a diferentes condições de armazenamento. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial triplo 4x3x4, sendo quatro cultivares (Miranda IPA 207, IPA 206, IPA 10 e Princesa), três temperaturas (10, 15 e 25° C) e quatro períodos de armazenamento (0, 3, 6 e 9 meses), com quatro repetições. A qualidade fisiológica da semente foi avaliada através do teste padrão de germinação; primeira contagem; envelhecimento acelerado; emergência; índices de velocidade de germinação e emergência; massa fresca e seca da parte área e do sistema radicular. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Após 9 meses, a cultivar IPA 10 destacou-se na qualidade fisiológica, sendo superior às demais, apresentando taxas médias de germinação de 84% (10°C), 86% (15°C) e 85% (25°C), superiores a porcentagem mínima estabelecida para comercialização de sementes. A cultivar IPA 206 manteve sua qualidade nas temperaturas de 10° C (86%) e 15° C (82%), já a cultivar Princesa apenas quando armazenada à 10° C. O ambiente refrigerado (10° C) proporcionou melhores resultados para a maioria das características avaliadas, sendo a temperatura mais eficiente para a conservação da qualidade fisiológica da semente de feijão.