Recebem o nome de fitocosméticos as formulações cosméticas que contêm ativos vegetais em sua composição, seguindo a antiga tradição humana de utilizar espécies vegetais em seu dia a dia, mas indo além das aplicações mais comuns, como alimentos e medicamentos. Tal categoria de produto teve demanda aumentada no decorrer dos anos, seja pela procura de produtos de cuidados pessoais ou pelo fato de os derivados naturais serem bons para a saúde. Nesse contexto, o Brasil se encaixa como um dos principais fornecedores de matérias-primas, uma vez que é berço de uma grandiosa biodiversidade, a qual pode ser ponto de partida para diversas pesquisas, incluindo o desenvolvimento de fitocosméticos. Dentre as espécies vegetais encontradas no país, são numerosas aquelas inscritas na Farmacopeia Brasileira, cujas ações e aplicações são conhecidas não apenas pela população, mas reconhecidas pelos estudiosos da área, incluindo a ação antioxidante de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville e Centella asiatica (L.) Urb., os quais poderiam ser estudados, por exemplo, como cuidado adjuvante para estrias. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivos manipular as formulações de gel e creme, aos quais foram incorporados os extratos S. adstringens e C. asiatica, e realizar os testes de estabilidade nas formulações preparadas. Os resultados obtidos indicam formulações estáveis, nas quais foram incorporadas as concentrações relativas à Concentração de Eficiência (EC50) da ação antioxidante dos extratos, determinadas em outro estudo.