“…O debate sobre essas competências é permeado por uma característica identificada por Michel Polanyi, a saber, do caráter tácito do conhecimento científico. Enquanto grande parte dos estudos sobre a ciência e tecnologia nacionais focam em aspectos quantificáveis (número de artigos publicados, patentes, titulados em pós-graduação), a avaliação do estado de formação nacional dessas competências encontra uma dificuldade inerente relativa à intangibilidade do seu processo de formação, difusão e acumulação, ou, como coloca Michel Callon, de adoção (Callon, 1995;Polanyi, 1996;Foray;Mairesse, 1999). Uma segunda se volta para a problemática da dependência tecnológica, tema este que foi re-corrente no debate sobre as políticas de ciência e tecnologia (PCTs) nacionais nas décadas de 1970 e 1980, e que se volta para uma busca para contrapor-se à concentração de atividades mais simples e primárias no desenvolvimento da ciência e da tecnologia nacionais (Amin, 1973), de uma posição de consumidores de ciência para a posição de produtores de ciência (Burgos, 1999).…”