Planejamento participativo: uma análise do turismo de Uruçuca (BA) a partir da ótica dos residentes

Abstract

O artigo em questão tem como objetivo apresentar as percepções e expectativas dos residentes em relação à atividade turística que ocorre em Uruçuca – Bahia. O referencial teórico aborda a política pública turística, o planejamento turístico, a participação e o capital social. Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualiquantitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada e questionário. Para tratar e discutir os dados foi utilizado o Pacote Estatístico para Ciências Sociais – SPSS e análise de conteúdo. O estudo identificou que a participação e o envolvimento dos diferentes segmentos no planejamento turístico são baixos. A partir dessa constatação, apresentaram-se resultados e subsídios teóricos que servirão como fonte de referência para as iniciativas de planejamento participativo do turismo no município.

Desenvolvimento Para Quem? Exclusão Social Em Territórios Turísticos Litorâneos

“…É indispensável que suas práticas priorizem o uso responsável dos recursos naturais e histórico-culturais, sem esquecer as necessidades dos residentes. Por conseguinte, o planejamento precisa focar a sustentabilidade, integrando as dimensões social, ambiental, econômica e institucional (Ferreira & Bernardy, 2018;Santos & Avila, 2017).…”

“…Vale destacar que os mediadores das instâncias colegiadas devem respeitar elementos como cultura, capital social, identidade e pertencimento das comunidades turísticas. No âmbito municipal, é necessário integrar as diferentes organizações, agências públicas, prestadores de serviços e representações locais (Santos & Avila, 2017;Selva, 2012).…”

Gestão Hoteleira, Termalismo e Meio Ambiente no destino turístico Caldas Novas (GO)

“…(Silva, Gava, & Deboçã, 2013, p. 3) Quando os agentes locais participam de forma atuante nas ações e tomadas de decisões para o turismo, tornam-se "[...] protagonistas de um processo de planejamento de políticas de desenvolvimento para seu território, pelo turismo, eles devem ser imbuídos de autonomia para que possam atuar de forma articulada e proativa" (Moesch, 2012, p. 209). Além de ser responsáveis por coordenar as atividades que possuem contato direto com sua vida cotidiana, com estímulo de buscar melhorias para a comunidade a partir do seu próprio esforço e assim tornarem-se agentes ativos ao invés de cidadãos passivos (Santos & Avila, 2017).…”

“…Quando uma localidade possui demanda e potencialidade para o desenvolvimento da atividade turística, é essencial a participação dos vários agentes envolvidos (poder público, comunidade, iniciativa privada e terceiro setor) como membros de tomadas de decisões para a construção e implementação de um planejamento turístico (Burgos & Mertens, 2015;Santos & Avila, 2017). A ausência de um desses integrantes no planejamento pode acarretar impactos negativos à destinação, afetando diretamente turistas e a comunidade receptora.…”

Trilha interpretativa: uma ferramenta à sensibilização

“…O litoral do estado da Bahia é dividido pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) em cinco polos turísticos designados como: Costa das Baleias, do Cacau, dos Coqueiros, do Dendê e do Descobrimento (Bahia, 2002). A Costa do Cacau apresenta uma diversidade de oportunidades à prática de atividades de aventura (Tahara, Santos & Carnicelli Filho, 2010), o medo na atividade de aventura (Cotes & Morel, 2011), a análise das ofertas do turismo de aventura (Tahara & Carnicelli Filho, 2012), pesquisa intersetorial ao planejamento do lazer, da cultura e do turismo (Silva, Avila, Santos & Borges, 2012) e diagnóstico do turismo na ótica dos residentes (Santos & Avila, 2017).…”