As plantas Plantago sp, Schinus terebinthifolius, Mikania glomerata e Mentha sp são listadas pela RENISUS com interesse de inseri-las como recursos terapêuticos para a população. Assim, o objetivo do presente estudo foi realizar análises químicas que identifiquem os principais metabólitos secundários e avaliar a atividade antioxidante de tinturas etanólicas dessas plantas coletadas em diferentes localidades do Espírito Santo. As tinturas etanólicas foram obtidas em uma proporção de 10% (m/v) pelo método de maceração. Para a caracterização química das tinturas foi utilizada a técnica de cromatografia em camada delgada (CCD) com respectiva fase móvel para cada classe de marcadores químicos das plantas estudadas, onde as placas foram visualizadas com reveladores químicos e físicos. As tinturas também foram caracterizadas por Espectrometria de Massas de Alta Resolução, utilizando a fonte de ionização Eletrospray em modo negativo (ESI(-) FT-ICR-MS). Por fim, a atividade antioxidante foi determinada pelo método DPPH. As análises cromatográficas e espectrométricas exibiram evidências de compostos fenólicos e terpênicos em todas as tinturas. Alguns íons [M-H]- característicos foram identificados por ESI(-), como o de m/z 301,21741 (ácido caurenoico) para o guaco, de m/z 455,35307 (ácido ursólico) para a tansagem e, m/z 359,07724 (ácido rosmarínico) para a Mentha. Pela reação com o radical DPPH, todas as plantas apresentaram ação antioxidante, destacando as tinturas de guaco e tansagem com valores acima de 90% e 80%, respectivamente, próximos ao do padrão antioxidante ácido ascórbico. Logo, este estudo evidencia a presença de compostos fenólicos e marcadores químicos em plantas amplamente utilizadas pela medicina popular, destacando seu potencial antioxidante.