rEsumoIntrodução: O exercício excêntrico máximo promove queda da capacidade de geração de força, aumento de dor muscular de início tardio (DMIT) e extravasamento de creatina quinase (CK) no sangue. No entanto, essas respostas ao exercício excêntrico demonstram alta variabilidade interindivíduos. Objetivos: Classificar e analisar essas respostas segundo a vulnerabilidade individual, por meio da magnitude da redução dos níveis de força após exercício excêntrico. Métodos: Dezoito sujeitos (11 homens e sete mulheres com idade entre 18 e 71 anos) saudáveis realizaram cinco séries de seis ações excêntricas máximas para flexores do cotovelo em dinamômetro isocinético (90°s -1 , amplitude de movimento de 80 a 20°). Foram analisadas contração voluntária muscular concêntrica máxima (CVM), DMIT e CK pré, pós (exceto CK), 24 h, 48 h, 72 h e 96 h após o protocolo. Os indivíduos foram classificados como "baixos" (BR) e "altos" respondedores (AR) ao pico de queda de CVM pós-exercício seguindo-se uma análise de cluster e comparação entre grupos para CVM, DMIT e CK com teste-t independente. Resultados: A comparação entre BR e AR indicou maiores valores de queda de CVM para o grupo AR (AR: -30,7 ± 3,3%; BR: -14,1 ± 2,2%, p < 0,001) e maior DMIT também para o grupo AR (AR: 33,0 ± 8,6 mm; BR: 10,2 ± 2,5 mm, p = 0,033); no entanto, os valores de pico de atividade de CK não diferiram entre os grupos (AR: 232,1 ± 54,8 UI.L , p = 0,490). Conclusão: A classificação dos indivíduos em grupos de baixos e altos respondedores foi importante para demonstrar que o grupo mais responsivo à queda de força após exercício excêntrico também evidencia maiores níveis de DMIT; contudo, para a CK essa relação não pôde ser estabelecida.Palavras-chave: exercício, força muscular, músculo esquelético, treinamento de resistência.
AbstrACt