Objetivo: Identificar a incidência de Lesão por Pressão em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca no ato da admissão na Unidade de Terapia Intensiva. Método: Estudo transversal e prospectivo. Realizado no pós-operatório de Cirurgia Cardíaca Adulto de um hospital público de grande porte. A amostra deste estudo compõe-se de 99 pacientes através de amostragem por conveniência. A coleta de dados se deu pelo preenchimento de um formulário semiestruturado contendo as variáveis sociodemográficas e cirúrgicas, as do pós-operatório e as relacionadas à lesão por pressão através das informações obtidas via prontuário eletrônico do paciente. Resultado: Evidencia-se no presente estudo uma incidência de lesão por pressão de 8,1%, com as classificações mais frequentes no estágio II (62%), seguida do estágio I (50%), lesão por presssão tissular profunda (25%) e por fim, lesões não classificáveis e por dispositivos médicos com 12%. Quanto ao local acometido identificou-se à região sacral (75%), seguido de calcâneo esquerdo e direto, glúteo esquerdo (25% em cada) e em demais locais como glúteo direito, labial, trocânter, maléolo e occipital (12%). A mortalidade foi maior nos pacientes que desenvolveram lesão por pressão e que a principal complicação no pós-operatório foi à presença de arritmia. Conclusão: Os achados evidenciaram a existência de associação de lesão por pressão em condições clínicas e procedimentos realizados no pós operatório de cirurgia cardiaca. Dessa forma, é essencial o conhecimento prévio do enfermeiro de preditores e complicações que amenizam a ocorrência de lesão por pressão para melhorar a qualidade de vida e segurança do paciente.