O Brasil é um país agrícola e extremamente dependente de fertilizantes químicos oriundos do mercado internacional. A remineralização de solos é uma importante solução para recuperação dos nutrientes de terrenos submetidos a cultivo intenso ou processo de intemperismo e lixiviação, principalmente em regiões tropicais. Sendo assim, o objetivo do artigo foi demonstrar a importância dos remineralizadores como uma alternativa sustentável de fertilização de solos no Brasil, por meio de uma revisão bibliográfica, análise da legislação vigente e de dados públicos oficiais. A Lei 12.890/2013 incluiu os remineralizadores como uma categoria de insumo destinado à agricultura e a Instrução Normativa nº 05/2016 publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) regulamentou esse novo insumo agrícola. As pesquisas e empregos das técnicas de rochagem têm aumentado, inclusive com registro no MAPA de empresas produtoras de remineralizadores em alguns estados brasileiros, como Minas Gerais, Goiás e Paraná. E embora o Pará tenha destaque nacional na produção mineral, ainda não há registro de produção desse insumo no estado, o que torna necessário desenvolver pesquisas de aproveitamento de pó de rochas na região. A técnica de rochagem traz benefícios como custos significativamente menores do que os fertilizantes convencionais; aumento da produção agrícola; ausência de impactos ambientais ao solo e corpos d’água; além do aproveitamento de resíduos minerais. Considerando a geodiversidade brasileira, os remineralizadores tendem a se converter em um insumo agrícola de grande disponibilidade no país, permitindo a diminuição da sua dependência externa de fertilizantes, trazendo benefícios sociais, econômicos, produtivos e ambientais ao país.