Resumo Objetivo Analisar a frequência de polifarmácia e prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) segundo os Critérios de Beers e CBMPI em pessoas idosas com vulnerabilidade clínico-funcional. Método Trata-se de um estudo transversal onde analisou-se os prontuários de 496 participantes com 60 anos ou mais, atendidos em primeira consulta em uma Policlínica Gerontológica. Os dados sociodemográficos, medicamentos, e o Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional 20 (IVCF-20) e quedas foram extraídos dos prontuários. A polifarmácia foi definida como o uso simultâneo de cinco ou mais medicamentos. Os participantes foram classificados em três grupos: robusto, em risco e vulnerável. Resultados A análise demonstrou que 69 (13,91%) dos participantes faziam uso de polifarmácia. Entre os usuários de polifarmácia, 40 (57,97%) faziam uso de pelo menos um MPI. Os MPIs mais encontrados foram a glibenclamida e o omeprazol, respectivamente. Pessoas idosas com vulnerabilidade apresentaram um risco três vezes maior de apresentar polifarmácia (RP 3,59; IC95% 2,109-6,092). Conclusão O uso de polifarmácia e MPI neste estudo estavam associados à vulnerabilidade da pessoa idosa, reforçando a necessidade de avaliação criteriosa de prescrições medicamentosas para essa população.