O artigo analisa a variação da quantidade de funcionários ativos alocados na administração direta dos municípios do Rio Grande do Sul em 2021. A investigação inscreve-se na vertente de estudos que privilegiam uma abordagem horizontal em relação ao núcleo-base do sistema federativo brasileiro. A metodologia quantitativa é utilizada para conferir tratamento estatístico descritivo e inferencial (matriz de correlação e regressão logística binária) do objeto de pesquisa a partir da sistematização de um banco de dados com variáveis dos 497 municípios gaúchos. A pesquisa conseguiu predizer que as chances de municípios gaúchos abrigarem uma prefeitura com alta densidade de ocupados na administração pública direta aumentam na medida em que se trate de entes instalados após a vigência da Constituição Federal de 1988, de porte pequeno, rurais, de economia baseada predominantemente no setor primário e onde não existem jornais locais. Trata-se de estudo pioneiro buscando explicar a variação do tamanho das prefeituras gaúchas utilizando como proxy a densidade de funcionários municipais da administração direta. O artigo contribui para uma melhor compreensão dos municípios gaúchos a partir do tamanho de sua burocracia municipal, salientando, em particular, o peso da longevidade do município, de sua estrutura econômica e de suas características demográficas como variáveis explicativas de uma prefeitura com maior ou menor densidade de funcionários.