“…).Segundo esses autores, para além do diagnóstico geral de uma paralisia decisória entre os poderes Executivo e Legislativo, o desenho institucional brasileiro traria incentivos personalistas para os políticos devido ao multipartidarismo aliado ao sistema proporcional de lista aberta em distritos de grande magnitude (CAREY;SHUGART, 1995); o sistema federativo também seria um agravante desse panorama, em que as organizações partidárias seriam descentralizadas e do tipo "catch-all"(MAINWARING, 1999). Existe outra literatura que propõe um meio termo entre o diagnóstico dos partidos fracos na arena eleitoral e dos partidos relevantes na arena legislativa, iniciada porPereira e Muller (2003); entretanto, a literatura recente ainda diverge sobre os achados empíricos, com alguns trabalhos que não encontram evidências(LUZ, 2017;MESQUITA et al, 2014) e outros que encontram algum efeito(FIRPO et al, 2014).Estudos mais recentes apontam para alguma centralidade dos partidos políticos a partir de evidências de coordenação partidária. Os achados indicam que o grau de presença dos partidos nos municípios brasileiros afeta a quantidade de candidatos lançados e também as Parte da literatura brasileira indica que os partidos exercem algum controle sobre sua lista e sobre suas candidaturas a partir da diferente distribuição de recursos em seu poder que podem dar entre seus candidatos, tais como dinheiro, tempo no Horário Gratuito dePropaganda Eleitoral (HGPE) (ALBUQUERQUE; STEIBEL; CARNEIRO, 2008; SCHMITT; CARNEIRO; KUSCHNIR, 1999), recursos humanos e da máquina partidária (BRAGA; BOURDOUKAN, 2010; SACCHET; SPECK, 2011) dentre outros.…”