Políticas de ações afirmativas na educação e as contribuições da psicologia Sócio-histórico-cultural

Abstract

Este artigo retoma questões que estão pautando a relação entre políticas de ação afirmativa e educação superior no Brasil. O objetivo é traçar um paralelo entre as iniciativas macro e micropolítica colocando em destaque seus desdobramentos para o contexto educacional brasileiro. A análise da política de reserva de vagas no ensino superior brasileiro tem como ponto de partida dois aspectos em destaque: a) as relações estabelecidas entre Políticas de Estado e Ações da Sociedade Civil; e b) a polêmica gerada em torno dos conceitos de identidade, raça e etnia na definição dos critérios para a reserva de vagas. Como conclusão, o artigo apresenta uma breve análise das contribuições da psicologia sócio-histórico-cultural para este debate.

Responsabilidade Social da Universidade (RSU) no Brasil

“…As cotas raciais, como uma ação dentro das políticas afirmativas, é relatada como a principal forma de materializar como a universidade tentou operacionalizar a RSU em torno da complexa rede desigual de acesso ao ensino superior. No Brasil, vale destacar novamente que a política de reserva de vagas, com maior visibilidade a partir da instituição do recorte racial como critério, tornou-se viável, sobretudo, por mudanças nas posições do Estado no que tange ao tema do racismo no Brasil (Barcellos & Souza, 2020). Tais acontecimentos colocam em debate a estruturação da nossa sociedade a partir da categoria política da raça, deslocam a concepção limitada de que tais ações se referem somente às políticas de reserva de vagas no ensino superior.…”

Imaginário e envelhecimento: experiência de idosos com doença renal crônica na perspectiva da Psicologia analítica

“…Os Pensar a velhice dentro do campo imaginal é importante para ampliar e dar profundidade a essa importante etapa do ciclo da vida. Ressalta-se que todas as perspectivas são válidas e estão interligadas, pois a velhice é um fenômeno transdisciplinar.De acordo comBarcellos (2012), a Psicologia Arquetípica proposta por Hillman resgata a busca pela alma do mundo, o esse in anima que é o ser na alma, está presente em todas as coisas do mundo. A alma na perspectiva Arquetípica, segundoBarcellos (2012), é a busca pela interioridade no campo psicológico.…”

“…Ressalta-se que todas as perspectivas são válidas e estão interligadas, pois a velhice é um fenômeno transdisciplinar.De acordo comBarcellos (2012), a Psicologia Arquetípica proposta por Hillman resgata a busca pela alma do mundo, o esse in anima que é o ser na alma, está presente em todas as coisas do mundo. A alma na perspectiva Arquetípica, segundoBarcellos (2012), é a busca pela interioridade no campo psicológico. É um conceito de difícil definição que Hillman buscou que governam as perspectivas que temos de nós mesmos e do mundo".…”

“…Neste contexto, para o autor e Jung (2018) arquétipos são metáforas acerca dos motivos que retratam o homem e suas relações. Desse modo,Barcellos (2012) defende que na Psicologia Arquetípica o uso arquetípico é utilizado como um adjetivo, uma qualidade dos eventos que se expressa na Antes mesmo do arquétipo do Senex representar as imagens relacionadas ao professor, mestre, ele é o próprio impulso para a experiência e o conhecimento, assim como foi destacado no parágrafo anterior. se de sentido quando associada a figuras prontas, sem contexto e significados quando há uma reprodução massiva e isenta de sentido das imagens arquetípicas.…”

“…Para Tacey (2011), Hillman resgatou a essência do estudo da alma e criticou os métodos prontos, objetivos, teóricos e práticos que envolvem as demandas psicológicas dos indivíduos.Neste sentido, paraHillman (2010), a psicologia precisa ir além da perspectiva racionalista e buscar pelo cultivo da alma: "por alma, entendo antes de mais nada, uma perspectiva em vez de substância, uma perspectiva sobre as coisas em vez de uma coisa em si"(HILLMAN, 2010 p. 27). O conceito histórico de pensar a alma advém dos filósofos gregos, assim,Barcellos (2012) retrata que a descrição de alma (psyché, anima) realizada por Hillman é um campo intermediário entre a fenomenologia do espírito e do corpo. Ocorre um resgate histórico e uma ampliação com suas próprias ideias.…”