A pessoa com estomia percorre diversas transformações, desde que descobre a necessidade da confecção do estoma. Com isso, diversos sentimentos são vivenciados, levando-a ao isolamento social, comprometimento financeiro negativo e ao sofrimento psicológico. A rotina trabalhista pode ser vista como a possibilidade de ter sua independência retomada, se sentindo útil e inserido na sociedade, além da possibilidade de trazer o sustento financeiro, necessário para sua sobrevivência e de sua família. Este estudo tem como objetivo compreender, através da literatura, as dificuldades da pessoa com estomia ao retornar ao mercado de trabalho; caracterizar os sentimentos despertados durante o processo de reabilitação e apresentar as estratégias de enfrentamento do estomizado e a contribuição da enfermagem nesse processo. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo análise reflexiva, elaborado a partir revisão da literatura, utilizadas a base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na seguinte base de informação: Literatura Internacional em Ciência da Saúde (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Conclui-se que as mudanças biopsicossociais causadas pela presença do estoma podem dificultar a inclusão no trabalho do estomizado, mas o retorno ao ambiente laboral não depende exclusivamente de si, mas sim, de uma rede de apoio social, promovendo ao indivíduo condições favoráveis para seu retorno ao mercado de trabalho.