Esse artigo propõe uma reflexão a respeito da Dança enquanto campo de construção de conhecimento e de suas práticas baseadas na educação somática como elemento que poderá contribuir com as práticas de educação inclusiva. Como metodologia optou-se pela análise de material referencial a respeito do corpo, do ensino de Dança na escola, sobre educação somática, diferenças e educação inclusiva. A análise permitiu o entendimento de que o corpo é uma unidade formada por inúmeras camadas, atravessadas por tudo aquilo que o estudante experencia ao longo da vida – dos aspectos orgânicos às conexões socioculturais – que compõem os moveres desse corpo, a partir de suas especificidades e o ensino da Dança na escola pública precisa direcionar sua prática e reflexão primeiramente para um olhar para este corpo, construindo assim as percepções de si e do outro e das diferenças enquanto potências, contribuindo desta forma para a construção de uma escola pública inclusiva.