“…Seguindo essa linha, muitos antropólogos, etnólogos, folcloristas e profissionais de museus têm demonstrado que o patrimônio cultural atua como uma interface de reflexividade e um dispositivo operacional para comunicar narrativas dos diversos selves coletivos presentes na cena pública (Adell et al, 2015;Fabre, 2000;Kirshenblatt-Gimblett, 2004;Craith, 2007;Harrison, 2013). Entretanto as tradições incorporadas nesses processos de criação de patrimônio (termo que usamos como sinônimo de "patrimonialização"), seja em nível local, seja em nível intergovernamental, sempre sofrem os mecanismos da hegemonia e da imposição de valores política e ideologicamente carregados.…”