O propósito do texto é de sistematizar as razões de circunspeção em relação a certos usos da noção de "subjetividade", nomeadamente na análise da relação com a atividade de trabalho. Esta noção, originária da filosofia, embora notoriamente ambígua, tem vindo a ganhar destaque nos últimos anos, reavivando polémicas variadas.São analisadas produções científicas que a utilizam, especialmente quando esta noção permite delinear um "panorama conceptualizado". São também apresentados modelos de intervenção assentes nesse quadro com o objetivo de clarificar alguns debates.Em segundo lugar, são discutidos modelos teórico-metodológicos e de intervenção que fazem parte de uma comunidade epistémica fundada na convicção, emancipada da noção de subjetividade, de que os avanços das disciplinas científicas que têm como objeto de estudo a atividade laboral resultam do seu encontro com os saberes experienciais. O texto sublinha ainda o carácter heurístico das análises comparativas e apela também à vigilância nas utilizações, por vezes indiscriminadas, da noção de subjetividade.