Resumo Considerando-se as recentes discussões sobre a definição de comportamento e do modelo de seleção por consequências conduzidas por pesquisadores brasileiros, discutimos a necessidade de maior participação das contribuições da análise experimental do comportamento no debate de conceitos da área e mais interação da área com outros sistemas em Psicologia. Criticamos o isolamento em relação à produção de conhecimento de outras áreas e a adoção de figuras de autoridade a partir da qual se possa fazer a avaliação das novidades da área. Para tanto, a análise do contexto no qual Skinner propôs seu modelo de seleção por consequências precisa ser feita para clara compreensão das contribuições mais importantes dessa proposta. Mostramos que a discussão sobre a distinção operante-respondente e a pertinência da noção de metacontingências são exemplos de revisão conceitual feita com base em dados e articulação entre áreas de pesquisa com epistemologias e metodologias diferentes, mas possíveis de serem articuladas.