Portfolio theory approach to plan areas for growing cotton, soybean, and corn in Mato Grosso, Brazil

Abstract

This study aims to describe how cotton farms in the state of Mato Grosso in Brazil are configured by building a model that optimizes income and risk for a combination of crops (cotton [first and second crop], soybean, and corn second crop). Two regions were defined: North and East Central Aggregate. The first region comprises the production of soybean in the summer and cotton and corn in the second harvest, while the second is restricted to the cultivation of cotton and soybean in the summer and corn in the second harvest. An optimization model was used to build a production efficiente frontier of crop combinations by analyzing the return-risk ratio. The model shows that the use of soybean crops in the summer season provides greater gains in profitability. Revenue is maximized in the area by an increase in the cotton crop during the first harvest; however, this exposes the farm to greater production risks. The use of second crops helps mitigate this production risk for farms.

Gestão De Propriedades Rurais Familiares: Dificuldades, Desafios E Sucessão

“…As demandas de mercado e a percepção de oportunidades têm mostrado a urgência na utilização de ferramentas de gestão por produtores rurais (Lisboa, Medeiros, Peixoto, Gouveia & Do Nascimento, 2015). A administração rural profissional se baseia no processo de concretizar objetivos organizacionais por meio do uso racional de recursos e de pessoas (Giuliani, 1997), visando adequar os fatores de produção à otimização dos resultados (Silva, 2009;Queiroz, 2014;Lima & Alves, 2023). Também precisa ser capaz de remunerar o trabalho rural e gerar excedentes para realizar investimentos tanto nas atividades produtivas (Silva, Arantes, Rhein, Gava & Kolln, 2014) quanto naquelas desenvolvidas com vistas ao bem-estar da família rural (Schneider & Freitas, 2013) e para motivar os membros da geração mais jovem a permanecer na propriedade da família (Alcântara & Machado Filho, 2014).…”

“…Para desenvolver essas atividades gerenciais, o produtor rural precisa ter características profissionais de administrador e possuir algumas habilidades (Cella & Peres, 2002;Deponti et al, 2018;Lima & Alves, 2023;Krüger et al, 2023), tais como: absorção de conhecimentos específicos do sistema de produção e maquinário; adoção de métodos e processos, manejo das culturas; habilidade humana para saber trabalhar em equipe, ainda mais quando há membros da família, cujo relacionamento deve ser pautado no respeito e na confiança; habilidade conceitual, que envolve conhecimentos específicos de gestão, como, por exemplo, conhecer a dinâmica do mercado agropecuário e ter capacidade de gerenciar os recursos, analisar os problemas e tomar decisões (Flores, Ries & Antunes, 2006;Silva, 2009;Lima & Alves, 2023). Somam-se a esses a capacidade do produtor em buscar, lançar, armazenar e revisar sistematicamente as informações, que servem de antecedentes da capacidade de absorção (Silva, Rossi, Freitag & Grzybovski, 2022), para, com isso, institucionalizar o processo de criação de uma memória organizacional.…”

“…O conhecimento gerencial do produtor rural pode contribuir para a superação das dificuldades enfrentadas (Lima & Alves, 2023) e representa oportunidades para explorar o valor dos controles de gestão nas temáticas de sucessão familiar e continuidade da atividade rural (Krüger et al, 2023). De acordo com os pesquisadores do Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais (Gepai) (2004), a diferença entre o desempenho de uma propriedade rural para outra está na capacidade de gestão.…”

“…Ao contrário do que ocorre na indústria, a agricultura sofre interferência de fatores que são próprios do setor (Grzybovski & Santos, 2005), tendo a propriedade rural como uma unidade de produção (Lima & Alves, 2023) e um espaço social de materialização identitária, numa analogia ao entendimento de Lídia Cardel (Santana & Capinan, 2020). Se, por um lado, os empreendimentos rurais estão sob influência direta de condições, riscos e incertezas de fatores naturais provocados pelos diferentes elos da cadeia produtiva (Grzybovski & Santos, 2005;Silva, 2009) No campo da Administração Rural, mesmo que as propriedades rurais tenham características que as diferenciam das empresas urbanas, os fundamentos de gestão não mudam, como pontuam diversos autores (Batalha & Silva, 2001;Flores, Ries & Antunes, 2006;Kay, Edwards & Duffy, 2014;Deponti et al, 2018;Bianchi et al, 2019;Oliveira, Mendes & Vasconcelos, 2021).…”

“…Independentemente do tamanho e das atividades desenvolvidas nas propriedades rurais, o produtor rural precisa conhecer as ferramentas de gestão para adotar um modelo profissional de gestão (Lima & Alves, 2023) sem deixar de considerar as possibilidades de implementar atividades não agrícolas ("novo rural", na concepção de Campanhola & Graziano da Silva, 2000) e de combinar uma ou mais formas de renda ou promover a inserção profissional dos membros da família (pluriatividade, como descreve Schneider, 2003). Soma-se a essas questões a importância da leitura de cenários nos diferentes segmentos agropecuários, considerando as mudanças climáticas, os preços dos produtos rurais a partir da Bolsa de Chicago, a tecnologia que impulsiona a agricultura digital ("agricultura 4.0") (Bianchi, Ferrarezi Junior & Pandolfi, 2019), os conflitos entre os membros da família rural (Oliveira & Vieira Filho, 2018) em razão das transformações na sociedade em nível mundial (Schneider & Freitas, 2013), entre outros temas correlatos.…”