Objetivo: Analisar os principais fatores associados a ocorrência de depressão pós-parto. Metodologia: Revisão sistemática da literatura baseada no método Preferred Reporting Items for Systematic Reviews e Meta-Analysis (PRISMA), realizada nas bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo, Scopus e Web of Science, por meio dos seguintes descritores: “postpartum depression”, “postnatal depression”, “maternity blues”, “puerperal depressive symptom”, “after birth depression”, “risk factors” e “dangerous factors”. Foram incluídos artigos completos, disponíveis em português, inglês ou espanhol, publicados entre 2016 a 2021. Resultados: 12 artigos compuseram a amostra final deste estudo. Verificou-se que cinco eixos de fatores associados a depressão pós-parto foram identificados: sociodemográficos, psicológicos, sociais, hormonais e obstétricos. Grande parte destes fatores são interrelacionados e associados ao estilo de vida da mulher, especialmente os fatores sociais como baixo apoio social e familiar, conflito e insatisfação conjugal e exposição à violência por parceiro íntimo na gestação. Os fatores de risco mais frequentemente listados foram os físicos, incluindo desde a história de síndrome pré-menstrual a questões obstétricas como multiparidade, morbidade durante a gestação, gravidez não planejada, história de aborto espontâneo, parto cesáreo, pré-eclâmpsia, placenta prévia, descolamento prematuro de placenta, parto prematuro, hiperêmese gravídica, hipertensão gestacional e diabetes gestacional. Conclusão: Verificou-se que os fatores associados a depressão pós-parto podem ser sociodemográficos, psicológicos, sociais, hormonais e obstétricos. Portanto, os programas de prevenção desta condição clínica, como o pré-natal psicológico, precisam focar nas relações interpessoais dos indivíduos envolvidos, além dos fatores sociais e estilo de vida e das condições de saúde física destas mulheres.